A pirataria no Brasil a cada dia evolui. No comércio estes produtos estão aos nossos olhos, próximo das autoridades e dos que dizem ser moralistas. Temos bolsas femininas que dão glamour e status. Vemos produtos eletrônicos, camisas de times, até CDs e DVDs, que chegaram ao ponto de serem comercializados dentro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo onde já havia deputados com perfil cliente fidelidade, vip, preferencial. O Brasil está mesmo com um olho fechado; muitas pessoas também. Isso é a forma que cada um tem de buscar vantagens pessoais, esquecendo-se das leis, do próximo e das empresas que trabalham legalmente. Nada disso interessa para muitos. O que vale é que os desejos e fantasias sejam
realizados, por ter conseguido consumir algo desejável que veio de forma mais barata.
Não adianta marginalizar o pequeno vendedor que fica nas ruas, ou até mesmo em lojas agrupadas construídas pela Prefeitura onde funcionam normalmente alguns Shoppings com o título de populares. Que contradição! Olho fechadinho e de repente autoridades abrem e mostram serviço combatendo a pirataria. Saem às ruas recolhendo tudo para dar alguma satisfação à sociedade, mas, no dia seguinte, tudo volta ao que era. Quem fecha mais o olho, quem vende, quem compra ou quem fiscaliza as leis?
Muitos artistas brasileiros estão buscando gravar música gospel, por haver um público mais comprometido com a legalidade, que dizem seguir os princípios éticos e cristãos. São clientes que só compram produtos originais. Público que acredita ainda na frase “o barato sai caro”. Então, vale a pena ter uma vida pirata? Uma vida de emoções rápidas? Uma fantasia realizada com baixo custo? Não sei se a questão também é só preço, pois, se fosse, acredito que os deputados de São Paulo, que foram denunciados na mídia nacional em 29/03/12, não comprariam produtos piratas. Vejo ética e caráter em jogo! Mas isso parece ser irrelevante. Produtos piratas se comparado com a nossa moeda local seria fichinha, pois, o próprio Real também conseguem falsificar. E agora? O caso é grave, e os piratas continuam com o olhinho fechado. Alguns falam do efeito Robin Hood: tirar dos ricos para os pobres. Acho que não. Tem muito rico tendo prazer em viver neste barco. Onda vai, onda vem, mas, a qualquer momento, poderá afundar. Portanto, venda e conquiste espaços com ética.
* Texto publicado originalmente na coluna Opinião do Jornal Correio da Paraíba em 13/04/2012
Gostei muito do tema abordado. Acho que traduz uma realidade muito presente em nosso dia a dia. Sua colocação em relação a postura tanto das autoridades quanto dos cidadãos comuns, revela muito do olhar de algumas pessoas. Esse é um problema sério que afeta todos nós. Compromete também o exemplo que é dado aos nossos filhos e netos. Se ensina o correto e todos fazem o errado. Parabéns.
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Tema vastamente discutido, mas muito atual. Na realidade, não se esgota.
ResponderExcluirQue texto legal! Parabéns. Na verdade estamos todos nós de "olhinho fechadinho"
ResponderExcluirSe prestarmos atenção, em nosso dia a dia, estamos todos contribuindo pouco ou muito com a pirataria. Nossas atitudes devem ser revistas.
ResponderExcluirBom dia!
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