Alô doutor*

Devido à tradição chamamos os médicos de doutores, apesar de grande parte não ter cursado doutorado, mas, não entrarei neste detalhe, afinal doutor é um indicador de sabedoria, e de fato eles são na maioria das vezes. Deveriam usar seus altos níveis de conhecimento para também nos atender melhor.

Um excelente atendimento não é só solucionar a enfermidade, sim, uma série de fatores: um sorriso, um telefonema pós-atendimento, revistas e jornais atualizados na recepção, tempo de espera, conforto. Muitos médicos nos veem apenas como pacientes que é o mesmo que enfermo, e esquecem que também somos clientes com altos níveis de exigências. Nem sempre que vou a um médico estou doente, pode ser uma consulta de prevenção. Então, todo paciente é cliente, mas nem todo cliente é paciente. 

Você já viu quantos médicos atenderem com um belo sorriso ou lhe receberem na porta do consultório? Logo eles perguntam antes de você nem sentar direito a frente dele: “O que o traz

Mão de gato*

Há muito tempo estava engasgado, mas agora vou cantar: “vou atirar o pau no gato to to, mas o gato to to, não morre re re, o seu Heyson son son, não admira-se, do berro, do berro que o gato dá: Lalau!!!”.  

Enquanto o Brasil afunda, muitos políticos, óbvio que não são todos, mas a grande maioria, não está nem aí para o povo, vivem passando a mão no dinheiro público. Alguns entram na política, honestos, com boas intenções, mas o sistema é sujo, os corrompem. Poucos resistem, e tudo que foi dito nas propagandas eleitorais vai por água abaixo. Ficam escondidinhos, prontos para atacar com as mãos as verbas da segurança, da saúde e da educação. Que exemplo seguir? Como cobrar valores, princípios e ética do povo brasileiro? Não justifica, mas também parte da população é ou aprendeu a ser corrupta, colocando assim em prática o famoso jeitinho brasileiro para diversas situações: mentir na declaração do IR, furar fila, estacionar em lugar proibido, fazer um gato de energia... Usam as mesmas estratégias: silêncio, atalhos, laranjas... Cada erro com suas devidas proporções. 

Falamos de seca por vários anos. Agora, crise. Recentemente explodiu mais essa manchete: PF investiga desvio de R$200 milhões da transposição do São Francisco. “Operação Vidas Secas”. Já tivemos várias, lembrem: “Dólares na Cueca”, “Cartel dos Trens de SP”, “Mensalão”, “BNDES”, “Petrolão”, “Minha Casa Minha Vida”, “Bolsa Família”, “Tucanoduto”, “Anões do Orçamento”, “INSS”, “Cartões Corporativos”, “Sanguessuga”, “Operação Navalha”,