Brasil de vários costumes,
crenças e rico em cultura. Cada estado com características, ritmos e economias
diferentes. Lutamos e falamos bastante em defesa das mulheres e dos direitos
iguais. A imagem de fragilidade e submissão sempre esteve associada à mulher. Vemos
preconceitos no trabalho, nos lares, na vida em sociedade. Elas lutam até hoje
por seus ideais. Têm a mesma competência dos homens. Ou não? Acho que sim. Nossas
mulheres a cada dia conquistam a posição que realmente merecem. Vejamos o
exemplo da nossa presidenta Dilma Housseff.
O que não dá para entender é como a bela música de Humberto Teixeira, interpretada
pelo inesquecível Luis
Gonzaga, faz sucesso até hoje. Inclusive é uma marca do Nordeste, uma canção de
luta, superação, sofrimento, até bem trabalhada em agências de marketing para
atrair turistas. Falo da música “Paraíba masculina, mulher macho sim, senhor”.
Vejo um pouco de contradição. Como podemos dizer que a mulher para ser forte,
para ocupar um cargo de gerência, diretoria em uma empresa, precisaria ser
macho? No momento que dizem mulher macho, querem dizer que seria ela melhor? Soberana?
Acho que ela pode conquistar espaços sendo mulher. Criou-se culturalmente a
figura do homem herói, o que pode tudo. Mas com liberdade e oportunidade, as
mulheres mostram e conseguem fazer a mesma tarefa ou, até mais que muitos homens.
As pessoas cantam esta música emocionadas pela harmonia ou não. Mas, podem
cantar também por acreditarem mesmo na composição.
Macho no dicionário
significa: “qualquer animal do sexo masculino, mulo filho de jumento e de égua,
ou de cavalo e jumenta, peça que se encaixa em outra chamada fêmea”. Em nenhum
momento consegui relacionar macho com a palavra mulher.
As mulheres estão
conquistando, mas ainda sofrem muito preconceito no ambiente profissional, não
só no Brasil, mas no mundo. Segundo uma pesquisa da revista Marie Claire e
da organização Everywoman, ambas do Reino Unido, 46% sofreram sexismo
(preconceito contra o sexo feminino) no escritório e 44% disseram que colegas
homens já fizeram comentários inapropriados sobre sua aparência. Foram ouvidas
quase 3 mil mulheres entre 18 e 55 anos.
A mulher faz parte das nossas vidas, queiramos ou não. Afinal, viemos ao mundo através de uma, que não precisou ser macho. A Paraíba não é masculina e sim um estado de um povo herói, que precisa se unir mais para um bem maior, sem preconceitos nem machismo.
* Texto publicado originalmente na coluna Opinião do Jornal Correio da Paraíba em 10/07/2012

Parabéns!
ResponderExcluirÓtimo blog. Muito importante suas colocações.
Recomendo!
Parabéns pelo texto. Utilizarei como recurso didático para discussão em sala de aula.Excelente!
ResponderExcluirÓTIMO. Somos forte mesmo!
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirAgradeço a todos que têm participado deste blog.
Contem comigo. À disposição!
Obrigado!