Por Vinicius Roveda *
Todas as coisas têm seu preço, e
é aí que mora a dificuldade de grande parte dos empreendedores iniciantes.
Quanto vale o que você tem a oferecer ao cliente e quanto ele estaria disposto
a pagar pelo que você está oferecendo estão entre as principais dúvidas de quem
está começando um negócio.
Para acertar na precificação o
empreendedor precisa, antes de tudo, entender a diferença entre preço e valor.
A soma dos esforços (custos) para obter algo representa o preço que se paga,
enquanto a soma dos benefícios recebidos ao obter aquilo que desejamos
representa o valor. Dois bens podem ser vendidos pelo mesmo preço, mas terem
valores diferentes, assim como também podem possuir o mesmo valor e serem
vendidos por preços diferentes.
A princípio, o preço de venda é a
quantia que deverá cobrir o custo direto da mercadoria, as despesas variáveis
(impostos e comissões), as despesas fixas (aluguel, água, luz, telefone,
internet, salários), além de
permitir a obtenção de lucro. Além das contas básicas, deve ser considerado qual o real objetivo do empreendedor: penetração no mercado, pronta recuperação de caixa, promoção de linha de produtos, maximização do lucro ou diferenciação no mercado.
permitir a obtenção de lucro. Além das contas básicas, deve ser considerado qual o real objetivo do empreendedor: penetração no mercado, pronta recuperação de caixa, promoção de linha de produtos, maximização do lucro ou diferenciação no mercado.
O preço deve ser encarado como fator
estratégico de posicionamento. O montante a ser cobrado dos clientes vai
depender de diversos fatores além dos custos de produção, como o perfil dos
consumidores, a quantia pedida pelos concorrentes e o valor agregado.
A famosa expressão “agregar
valor”, neste caso, significa tornar as coisas especiais para o público,
trabalhar a percepção do cliente para valorizar mais a oferta e o benefício que
está sendo oferecido a ele. O consumidor irá julgar se algo é caro ou barato
dependendo da percepção dos benefícios recebidos na aquisição. Se a percepção é
de que o produto ou serviço custa mais do que vale, será considerado caro.
Assim como barato é aquilo que traz a percepção de que vale mais do que
realmente custa.
Avaliar a importância da
qualidade do que sendo oferecido é fundamental. Em um posicionamento voltado à
diferenciação no mercado, nem sempre o preço mais baixo é o item mais
importante. Muitas melhorias na produção podem não diminuir custos de
comercialização, mas se acrescentam valor ao produto ou serviço, podem
contribuir para aumentar faturamento.
Na percepção do valor podem ser
levados em conta os seguintes aspectos: status da marca, qualidade do produto,
necessidade, tendência, inovação e exclusividade. Quanto menores forem os
esforços gastos e maiores forem os benefícios percebidos na satisfação das
necessidades, maior será o valor que o cliente irá atribuir ao produto ou
serviço.
O valor agregado garante um bom
posicionamento no mercado, possibilita a sustentação de preços mais elevados e
margens de lucro mais significativas.
(*) É CEO da ContaAzul
Fonte: Portal Endeavor Brasil.
Opinião do blogueiro:
Sempre digo: “Tem empresas que
quanto mais vendem mais quebram”. É impressionante a quantidade de estabelecimentos
comerciais e empresários que não sabem calcular o preço de venda correto. Ficam
achando que a culpa é dos fantasmas que os cercam: inflação, crise, governo,
entre outros. Nem com a calculadora acertam. Markup errado!
Heyson Mazayuki

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