Ao imaginarmos
a cor vermelha logo pensamos em muitas coisas: no amor, no sangue derramado, em
Papai Noel, no PT, e agora nos fará lembrar da abertura da Copa do Mundo de
Futebol no Brasil. Vimos várias cores, destacando-se a cor vermelha da ofensa,
palavra que atinge alguém na sua honra, na sua dignidade. Ato de atacar, desacato,
uma sensação desagradável. Que pena! Deveria ter sido uma abertura verde,
amarela, azul e branca, onde predominasse a cor branca da paz, da pomba que
ganhou voo, da ordem e do progresso.
Quão ridículas
foram as agressões verbais sofridas pela nossa presidenta Dilma Rousseff.
Cartão vermelho para os que agiram assim. Péssima imagem passada para o mundo, logo
na abertura; momento mágico,
único. Todos os países estavam ligados, e ao invés
de desfrutarem das nossas belezas, cultura e arte, pouco enaltecidas pelos
incompetentes organizadores, desfrutaram da má-educação e baixaria dos que
hostilizavam a maior autoridade do Brasil. Que infelicidade!
Não trato aqui
da questão política, sim do respeito a uma autoridade, e ainda mais por ser uma
mulher. Muitas vezes esses mesmos que a xingaram falam contra o machismo, defendem
direitos iguais, comemoram o dia 8 de março e assim por diante. Independente da
sua crença, saiba que a bíblia traz passagens e ensinamentos contra essa
baixaria: “Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua
branda quebra até ossos.” Provérbios 25:15. Já em Êxodo 22:28 diz: "Não
blasfemem contra Deus nem amaldiçoem uma autoridade do seu povo.”
Xingar uma
autoridade com palavrões é realmente uma falta de educação, de respeito. Agora
podemos entender o porquê de tanta solicitação por mais educação. O protesto
deveria ser pelas urnas, não pela baixaria sem limites. Forma democrática errada.
Há quem
defenda essas agressões como forma de devolver com a mesma moeda o que cada um
sofre diariamente. Uma péssima qualidade da educação nos é oferecida, saúde e
segurança, que realmente estão ruins. Mas que ensinamentos daremos aos nossos
filhos? Acredito que violência gera violência. Um erro jamais poderá justificar
outro.
Algo
que chamou nossa atenção é que os palavrões iniciaram na área vip, os ditos
ricos, formados em “ótimas escolas”, público que predominou neste evento.
Muitos não iriam gritar, mas foram levados por um pequeno grupo que teve a iniciativa
e assim a onda cresceu, mostrando quem realmente são: agressivos e mal educados;
o que faltava era só a oportunidade para tirarem a máscara. Outros caem na onda
sem medir consequências, são pouco racionais, e o que vale mesmo é a resenha, a
onda. Para o exterior o Brasil é sinônimo de bunda, carnaval; assim o palavrão entoado
c... passa a ter sentido. Brasil, gol contra duas vezes.
* Texto publicado originalmente na coluna
Opinião do Jornal Correio da Paraíba em 03/07/2014
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