Apesar de não ser uma ciência exata, negociação é uma técnica que pode
ser aprendida. Confira as dicas.
A negociação é uma habilidade
inata?
Constantemente ouvimos esse
questionamento e, para aqueles que acreditam não possuir essa habilidade
aguçada, a angústia acompanha a reflexão. Já para os que costumam ouvir frases
como “você é um excelente vendedor” e “você consegue convencer a todos os que
estão a sua volta”, o alívio é inerente à resposta.
O fato é que negociação não é uma
ciência exata, não possui uma dinâmica linear e nem uma “receita de bolo”. Mas
também não é pura intuição! Assim, àqueles que acreditam que a negociação se dá
automaticamente por ser algo inato, tomem cuidado, pois o
autoengano pode
prejudicar seu negócio. Já àqueles que se julgam incapazes para negociar, a
notícia alentadora é: negociação é uma técnica que pode ser aprendida!
A negociação possui uma realidade
multifacetada:
Econômica: essa é a mais óbvia e comum nas discussões e análises de
praticamente todas as negociações. Ela trata da utilização de recursos, da
realização de trocas e dos valores em questão. No entanto, ela não se encerra
aí, é apenas o começo;
Social: considerar os ritos, regras sociais, usos e costumes da sua
interface é importante para alavancar a identificação entre as partes e, com
isso, minimizar possíveis resistências tão comuns nas negociações;
Política: essa faceta se resume em uma palavra: “poder” - poder da
troca de informação e persuasão – na qual o negociador procura descobrir o
valor de resistência do oponente, com o fim de influenciar o comportamento de
uma decisão a ser tomada por outro
participante. É preferível escolher uma decisão na qual haja acordo
satisfatório entre as duas partes.
Lógica-linguística: a argumentação é a alma da negociação na busca
pela “adesão dos espíritos”, sendo que ela se dá tanto pelas trocas verbais
como pela linguagem não-verbal. Para essa aproximação entre os negociadores, é
fundamental:
- a existência de uma linguagem
comum, mesmo com divergência de opiniões em relação a questões determinadas;
- disposição para ouvir e aceitar
outro ponto de vista;
- autorização para argumentar.
Psicológica: o viés cognitivo ocorre quando o indivíduo possui
qualquer análise tendenciosa, sem respeitar os princípios da imparcialidade.
Quando não observado e tratado, pode se tornar um grande entrave na negociação.
Tático-estratégica: em um processo de negociação dois processos
básicos devem ser considerados: a importância do relacionamento e a relevância
do resultado. Quando os resultados exigem maior relacionamento com sua
interface, maior será o esforço para se chegar à conciliação e colaboração, na
busca do “ganha-ganha”.
Alguns negociam por puro prazer,
outros apenas por necessidade e ainda outros por compulsão. O fato é que
negociamos com intuito de obter algo melhor do que teríamos sem negociar. E
nesse contexto, ter em mente de que esse processo não é sua exclusividade, mas
que pertence também à pessoa com a qual você negociará é um bom primeiro passo
para uma negociação de sucesso.
(*) É
gestor da área de Análise de Aderência à Ética na ICTS Global.
Opinião do blogueiro:
Onde duas ou mais pessoas compartilham ideias e informações para chegarem a um acordo aceitável. Acordo satisfatório para se resolver as diferenças, onde as duas partes ganhem e estejam satisfeitos. O foco não é saber quem ganhou ou quem perdeu. É um processo de busca para aceitação das ideias em questão. Momento de oportunidades para apresentar as argumentações.
Antes de tudo é preciso saber ouvir. Escute! Em muitos
casos o silêncio nos levará a informações importantes. Mantenha a mente aberta
sem defesas, seja paciente e controle a ansiedade. Saiba lidar com as palavras,
a voz e o corpo. Saiba que não existe negociação sem comunicação e entre em
sintonia. Manifeste sempre compreensão.
Heyson Mazayuki

É bem isso Heyson Mazayuki , e ainda me dou o Direito de Acrescentar: na Lógica linguística é imprescindível SEGURANÇA NA ARGUMENTAÇÃO.
ResponderExcluirParabéns pelo Conteúdo!